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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WALDEMAR GOMES BAPTISTA
( Brasil – Minas Gerais )

 

BAPTISTA, Waldemar Gomes.  Devaneios em Sabará.  Belo Horizonte: Editgora G. Holman Ltda, 1977.    64 p.   14 x 19, 5 cm.   
Ex. bibl. Antonio Miranda /  doação do livreiro Brito – DF

 

 

         A UM AMIGO

Você dá mais um passo no caminho
Da longa vida que ainda tem à frente.
Que não lhe fira os pés o duro espinho
Das maldades de um mundo impenitente

Você será feliz, e até adivinho
Que flores colherá, flores semente,
Pois o seu coração — amor, carinho —
É terra fértil da melhor semente.

Você vai longe e ficará bem velho.
       (É um bem, aliás, que todo mundo quer)
Mas vou dar-lhe, de graça, um bom conselho:

Se não quisera perder a mocidade,
Aplique co´arte a argúcia da mulher
Amarre o tempo ou diminua a idade.

 

       QUEIXUME

Por que, ó vida, pões em meu caminho
Essas sombras do tédio e desalento?
Por que deixas que eu anda assim, sozinho
E a luz do sul me negue o seu alento?

Contando horas de anseio e desalentos,
Sem gesto de amor ou de carinho,
Em noites sem luar vago ao relento,
Sonho acordado em vão, devagarinho.

E quanto, prosseguindo a caminhada,
Tendo em meu peito a marca das feridas,
Vou repisando espinhos, pela estrada.

Sinto cair a cada passo então,
Qual se fossem sementes ressequidas,
Pedaços de minha alma pelo chão.


CANÇÃO DO SERESTEIRO

Somos poetas trovadores
cantando sonhos, amores,
vamos pela rua afora,
ao doce clarão da lua
que no alto do céu flutua,
até que desponte a aurora.

Somos filhos do luar,
nosso destino é cantar,
anseios do coração:
e o canto, assim, vai plangente,
voltando ternamente
com as asas da emoção.

Ao som do pinho choroso
nas rimas do verso airoso,
vibra a voz do trovador,
bem pertinho da janela
da linda e meiga donzela,
nosso encanto, nosso amor.

E neste anseio que estua,
sentimos, amada lua,
que és a alma da poesia:
tua luz assim tão mansa
é como suave lembrança,
saudade da luz do dia.

Cintilantes estrelinhas,
tão longe, pequeninhas,
como sois lindas também,
fitando-vos lá na altura,
sentimos n´alma a doçura
que do azul do céu nos vem.

Bem-vindas sois, noites claras
que de delícia tão caras
encheis nosso coração.
Benditas noites ditosas
mãe das almas amorosas,
ó rainhas da amplidão!

 

*

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Página publicada em fevereiro de 2023


 

 

 
 
 
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